A ameixeira europeia é uma das espécies fruteiras lenhosas com maior capacidade de ser melhorada, tanto por processos tradicionais de hibridação, como através de engenharia genética. Desde os anos 90 que se tem conseguido realizar transformação genética em ameixeiras, como ferramenta de melhoramento, com resultados na redução do período juvenil ou resistência a doenças e stress abiótico, entre outros.

De facto, se a hibridação tem sido desde sempre a principal ferramenta de melhoramento, esta leva muito tempo até produzir resultados, necessitando de grandes áreas para plantação.

A transformação em lenhosas poderá acelerar todo o processo de melhoramento, obtendo-se clones que se podem micropropagar e enxertar em pouco tempo. Também teria a vantagem de permitir agir separadamente no melhoramento de porta-enxertos ou de cultivares para produção de frutos. No entanto, são ainda raros os casos onde se conseguiu gerar protocolos de transformação bem-sucedidos para a maioria das lenhosas. A ameixeira surge então como a espécie com mais sucesso neste processo.

Os programas de melhoramento de ameixeiras são diferentes, caso se trate de cultivares para fruto ou porta-enxertos. No melhoramento para produção de frutos, os programas têm-se focado na produtividade e qualidade dos frutos, resistência ao frio e floração tardia (já que a maioria dos países produtores têm invernos frios), e resistência a doenças, das quais a mais temida tem sido a Sharka, virose causada pelo plum pox virus (PPV). Já o melhoramento de porta-enxertos foca-se na compatibilidade com os enxertos, vigor, tolerância a stresses do solo e resistência a doenças.

Até agora, os programas de melhoramento com base em transformação ainda foram capazes de produzir uma variedade, a Sartovaya. Mas em laboratório existem já grupos de investigação em todo o mundo a desenvolver clones transgénicos resistentes a doenças e stress abiótico e ainda clones com alterações na maturação dos frutos. Nos estados Unidos foi já aprovada para cultivo uma variedade transgénica resistente ao vírus da sharka, a HoneySweet.

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