A inovação aberta é um dos grandes temas da moda nas escolas de gestão. Baseia-se na ideia de que existem mais génios criativos fora da nossa empresa do que dentro dela e pode ser considerada o oposto da inovação gerada pelas empresas com integração vertical de todas as fases da inovação dentro de departamentos de I&D fechados. Nas várias formas que esta prática toma, uma das mais revolucionárias será o uso de concursos de ideias para resolver problemas concretos de empresas (por exemplo, crowdsourcing).

Empresas como a Adidas ou a Siemens já recorrem à multidão para desenvolver novas soluções e até a NASA já aderiu criando a divisão NASA Tournament Lab! Então, porque não uma empresa agrícola? Fomos à procura…

A HYVE é uma empresa alemã que se dedica a potenciar a inovação aberta das mais diversas formas, incluindo os concursos de ideias. Foi esta a forma que a fabricante de máquinas agrícolas Pöttinger recorreu para melhorar processo de corte de feno das suas máquinas. O concurso foi organizado e gerido pela primeira empresa, que o publicitou entre engenheiros e estudantes de engenharia, agricultores, designers e outros especialistas de todo o mundo. A colaboração entre todos os participantes foi sendo fomentada de forma a gerar mais ideias e a enriquecer as soluções que iam surgindo. Por fim, foi identificada a solução vencedora de entre mais de 120 ideias e o conceito entrou em desenvolvimento através de uma tese de doutoramento.

 

No prazo de dois meses, a Pöttinger conseguiu encontrar uma forma de melhorar os seus produtos e gerar inovação com o auxílio de mais especialistas do que esta empresa alguma vez poderia contratar.

Quando a agricultura está sempre tão constrangida com os custos de inovar, o recurso a colaborações entre especialistas poderá ajudar a resolver problemas mais rapidamente e com menores custos.