A dependência do uso de plásticos e de produtos derivados do petróleo é um problema evidente, que tem vindo a ser cada vez mais apercebido pela opinião pública. Mas numa sociedade em que os procedimentos de segurança alimentar são tão dependentes das características das embalagens, a substituição dos plásticos como embalagens causa por vezes apreensão.
Esta semana a equipa do Núcleo Agri decidiu investigar o que se anda a fazer no mundo dos bioplásticos e embalagens para alimentos e fomos encontrar um mundo de investigação, onde diversas espécies se mostram importantes candidatas a produtoras de embalagens e bioplásticos, como é o caso da mandioca, pelo seu elevado teor em amido, o das microalgas, com grande potencial de industrialização de toda a cadeia de produção e transformação.
Os polímeros naturais têm inúmeras aplicações e uma procura em bases de dados científicas gera invariavelmente um grande numero de resultados para polímeros com aplicações em medicina. Na produção de plásticos, o amido é de facto o material mais comum, que já se utiliza desde os anos 70 tendo, no entanto, limitações quanto à resistência e a possibilidade de ser solúvel em água (o que, se o torna menos interessante para sacos de plástico, não limita o seu uso em embalagens para alimentos). A utilização de fibras de lenhina tem sido mais recentemente investigada como forma de reforçar os bioplásticos de amido, permitindo o seu uso até na indústria automóvel.
Os polímeros de amido podem ser obtidos basicamente de qualquer planta que produza amido, mas as películas de amido de mandioca têm a vantagem de ser bastante transparentes, sem sabor e sem cheiro, o que as torna interessantes para uso alimentar.
Se as películas de origem vegetal são à partida interessantes substitutos dos plásticos comuns, têm ainda vantagens acrescidas ao permitirem a incorporação de compostos naturais com propriedades antioxidantes e antimicrobianas, que podem aumentar o tempo de conservação dos produtos alimentares com elas embalados. Outra aplicação interessante é o uso de corantes naturais, como é o caso do extracto de couve roxa, que mudam de cor com a variação de pH, permitindo indicar variações no estado de conservação dos alimentos.
Neste momento, parece que apenas é preciso vontade da indústria de materiais de embalagem para se adaptar às novas matérias-primas que estão a ser desenvolvidas em todo o mundo.
Para mais informação sobre estes e outros compostos a serem desenvolvidos, sugerimos dois artigos com investigação sobre filmes capazes de medir pH e filmes antioxidantes.
Sou produtor de picolés e necessito de embalagens a base do amido.
Alguém por favor que entre em contato comigo ou deem-me algum contato, PF
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