Reduzir o consumo energético é cada vez mais uma prioridade em qualquer actividade económica. Na indústria do arroz, o processo de secagem é um grande consumidor de energia, onde há espaço para melhoramento da eficiência.

E onde melhor para desenvolver tecnologias para a indústria do arroz do que na Ásia? Cientistas do Japão e da Indonésia têm vindo a desenvolver um sistema integrado para melhorar a eficiência energética desta indústria, tanto na secagem e transformação do arroz como no aproveitamento dos resíduos, tanto palha como cascas. A área de arroz na Ásia tem vindo a aumentar, bem como os resíduos da indústria e por cada quilograma de arroz produzido estima-se que sejam gerados 280g de cascas e 1100g de palha.

As diferentes tecnologias existentes para secagem e processamento de arroz têm o potencial de ser melhoradas em termos energéticos. Os investigadores partiram da tecnologia de vapor sobreaquecido para a secagem do arroz, integrando todo o processo de descasque, vaporização, tratamento de palhas e cascas até à geração de energia a partir dos subprodutos, através da integração de processos e recuperação de exergia (a parte disponível da energia utilizada para produzir trabalho útil).

Os investigadores consideram que o vapor sobreaquecido é uma alternativa à secagem por vaporização, pois mantém a mesma qualidade e características físico-químicas do arroz, com um menor consumo de energia.

O sistema integrado proposto consiste numa cadeia de produção que se inicia com a secagem do arroz, descasque, de onde sai o arroz para um lado e a casca para outro. Estas cascas são então torradas juntamente com as palhas, produzindo vapor que vai gerar movimento de uma turbina. Esta turbina gera então electricidade, que pode ser usada tanto na secagem como no descasque do arroz. A eficiência energética do uso de cascas e palhas torradas a 200ºC foi calculada em 32% e considerada satisfatória, já que aproveita uma fonte de energia que de outra forma seria totalmente perdida.

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